A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) ainda é considerada um problema de saúde pública global. No Brasil, de acordo com o boletim epidemiológico de 2017 de HIV/AIDS, de 1980 a junho de 2017, foram notificados 882.810 novos casos da doença. O país registrou em média 40 mil novos casos de AIDS nos últimos cinco anos, no qual a capital de Belém ocupa a terceira posição entre as cinco capitais com os maiores índices de HIV/AIDS. O presente trabalho tem por objetivo investigar o perfil socioeconômico de pessoas vivendo com HIV/AIDS no município de Belém/Pará, discutir proposta de intervenção para a melhor adesão ao tratamento farmacológico com os antirretrovirais de acordo com a necessidade dos usuários da rede especializada. Foi realizado um estudo retrospectivo, quantitativo-descritivo, realizado com prontuários dos pacientes vivendo com HIV/AIDS. Foram analisados 131 pacientes entre janeiro e julho de 2017, destes 74,8% são do sexo masculino e 25,2% feminino, em relação a orientação sexual 34,35% são heterossexuais, 7,63% de homossexuais, 2,29% transexuais e 1,52% bissexuais, sendo que 54,21% não relataram informações. Nível de escolaridade, 27,48% cursando o ensino médio, 20,61% nível superior e 11,45% no ensino fundamental. Pacientes co-infectados com pneumonia e sífilis corresponderam à 31,29%. O estudo evidenciou que no primeiro semestre de 2017 houve maior prevalência de casos de HIV/AIDS entre os homens e heterossexuais, com diferentes níveis de escolaridade.