A cegueira quer seja congênita ou nã o, total ou parcial, é um fator que compromete o desenvolvimento psicomotor e cognitivo da criança. A visã o é um dos principais sentidos do ser humano quando relacionamos o seu desenvolvimento psicomotor. Quando esse sentido sofre alguma alteraçã o na infâ ncia, pode dificultar o processo de desenvolvimento, prejudicando assim as fases de evoluçã o psicomotora e cognitiva desse individuo. O objetivo dessa revisã o é investigar a contribuiçã o da fisioterapia para o desenvolvimento motor da criança com baixa visã o. Foram revisados artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs, PubMed, Medscape, publicados nos últimos dez anos, em inglês e português. Foram pesquisados os termos: Deficiência visual, fisioterapia, reabilitaçã o visual, sendo excluÃdos artigos com mais de 10 anos de publicaçã o, artigos que fugiam do tema principal ou que envolviam procedimentos cirúrgicos. Os estudos revisados mostraram que a estimulaçã o fisioterapêutica contribuiu significativamente para a potencializaçã o das aquisições motoras, bem como na correçã o de padrões anormais, melhora da coordenaçã o e equilÃbrio, alé m de proporcionar maior independência e qualidade funcional. Para tanto, aplicou-se alongamentos passivos, exercÃcios isomé tricos, isotônicos, isociné ticos e miofuncionais e té cnicas cinesioterápicas. O impacto das alterações visuais pode interferir negativamente no estabelecimento de um contato social eficaz, uma vez que as expressões faciais, os gestos e o contato ocular têm importante papel na comunicaçã o e na interaçã o social. Diante desses achados, estraté gias para compensar a falta de calibraçã o dos sistemas vestibular e proprioceptivo devem ser usadas em intervenções terapêuticas precoces para crianças visualmente incapacitadas.