A depressa?o e? um transtorno mental que, segundo a Organizac?a?o Mundial de Sau?de (OMS), acomete mais de 300 milho?es de pessoas no mundo. Sendo que aproximadamente 30% dos indivi?duos na?o apresentam remissa?o dos sintomas apo?s mu?ltiplas tentativas (RUSH et al., 2006) terapêuticas. Tem-se como objetivo avaliar o perfil de 18 pacientes submetidos a terapia à longo prazo com cetamina para depressão refratária e com isso, conhecer o perfil sociodemográfico, verificar terapias utilizadas ou em uso, analisar dose e tempo de utilização da cetamina e a melhora dos sintomas a partir disso. Além de discutir as particularidades do tratamento em diferentes indivíduos. O estudo foi do tipo retrospectivo, documental, com abordagem quantitativa. Os dados obtidos nos prontuários de 18 pacientes a partir de janeiro de 2017 até fevereiro de 2021. Utilizou-se a Escala de Impressão Clínica Global – Índice de Eficácia para avaliação da resposta à cetamina. A amostra de 18 pacientes os sintomas mais relatados foram melancolia, apatia e angustia. Em relação as medicações, tem-se que 72,2% relataram o uso pre?vio ou atual de antipsico?ticos, seguidos pelos inibidores seletivos da recaptac?a?o de serotonina (ISRS). A resposta a? terapia com infusa?o de cetamina teve uma maior freque?ncia de resposta inalterada ou pior e mínima nas primeiras sesso?es. Ao passo que as respostas inalteradas ou piores e mi?nimas decresceram, em contrapartida a? elevac?a?o das respostas moderadas e marcadas. Os dados epidemiolo?gicos encontrados esta?o de acordo com a literatura. Em relac?a?o a diminuic?a?o da sintomatologia depressiva, principalmente ideac?a?o suicida, observou- se importantes benefi?cios. Assim, a cetamina mostrou-se uma terapia eficaz para alguns casos, tanto em relação à efeitos antidepressivos quanto à baixa incidência de efeitos adversos durante o tratamento.