O padrão alimentar da população brasileira vem passando por diferentes mudanças ao longo dos anos, estando caracterizado atualmente pela diminuição do consumo de alimentos in natura e minimamente processado e pelo aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados. Considerando isso e sabendo que o comportamento alimentar de universitários pode ser diferente de acordo com o sexo, o objetivo do presente estudo foi identificar a frequência de consumo de diferentes tipos de alimentos in natura e minimamente processados entre acadêmicos de uma universidade pública de Alagoas e verificar sua associação com o sexo. Trata-se de um estudo transversal realizado com graduandos. Os dados foram registrados em formulários específicos, contendo informações sobre o consumo alimentar, hábitos de vida e variáveis demográficas. As variáveis categóricas foram apresentadas em frequências absolutas e relativas. Para associação entre sexo e consumo periódico de alimentos saudáveis foi aplicado o teste Qui-quadrado de Pearson, adotando um nível de significância de 5%. Foram investigados 377 estudantes. A maioria era do sexo feminino, tinha idade entre 18 e 24 anos e não realizava atividade física. Quanto à frequência de consumo diária, os alimentos mais consumidos foram as carnes e pescados (68,16%), enquanto que os menos consumidos foram os tubérculos e raízes (18,8%), verduras (18,6%) e leguminosas (16,4%). Foi encontrada associação positiva entre sexo feminino e frequência de consumo de verduras, leguminosas e cereais (p& #60; 0,001). Observou-se, portanto, maior consumo de alimentos de origem animal em detrimento ao consumo de alimentos de origem vegetal entre os estudantes avaliados. Identificou-se, ainda, associação do consumo de verduras, leguminosas e cereais com o sexo, indicando que universitários do sexo feminino consomem mais desses tipos de alimentos do que os estudantes do sexo masculino.