Introdução: Os primeiros 2 anos de idade são considerados de grande impacto no caráter biológico (crescimento/desenvolvimento), intelectual e social do ser. Sendo reforçado, ao longo do tempo, os benefícios do aleitamento materno, independente da condição social. Embora, nas Últimas décadas, foram percebidas diversas mudanças nos hábitos alimentares, evidenciadas pela substituição de alimentos naturais e minimamente processados, pela praticidade de alimentos industrializados. Objetivo: Avaliar a influência dos fatores socioeconômicos e demográficos nos cuidados alimentares e a introdução precoce de alimentos industrializados, em crianças de 6 a 24 meses. Metodologia: Revisão de literatura, realizada nas bases de dados SCIELO e LILACS, no mês de maio de 2020, avaliando publicações nos idiomas português, inglês e espanhol, compreendidas entre 2014 e 2019. Resultados: A alteração no padrão alimentar da população brasileira constitui uma das principais causas da atual pandemia de obesidade e doenças crônicas, sendo a obesidade infantil, grave problema de saúde pública. Aspectos culturais, associados á globalização e a transição do padrão alimentar populacional, ocorrido nas Últimas décadas, têm favorecido as práticas inadequadas de introdução da alimentação complementar, estando também condicionados aos aspectos socioeconômicos e demográficos. Conclusão: A introdução adequada da alimentação torna-se fator incontestável na manutenção do bom estado nutricional e de saúde da criança. Desta forma, ressalta-se a importância dos cuidados alimentares e a forte influência dos pais e familiares na formação de hábitos cotidianos, sendo ainda imprescindível, ações de saúde pública para promoção e incorporação de práticas alimentares saudáveis e direcionamento de políticas públicas baseadas em intervenções nutricionais.