A neuroimunomodulação é o fenômeno que correlaciona à comunicação ente os três principais sistemas do organismo: o Sistema Nervoso Central (SNC), o Sistema Imunológico (SI) e o Sistema Endócrino (SE). Essa correlação é responsável por manter a homeostase do organismo, protegendo-o de agentes estressores patogênicos ou não, dentre eles o estresse que desencadeia uma resposta fisiológica que, quando se torna repetitiva e duradoura, pode trazer danos ao organismo, muitas vezes irreparáveis. Diante da importância desta temática e da necessidade de melhor descrevê-la, o presente estudo objetivou descrever e correlacionar o estresse e o sistema neuroimunoendócrino e as respostas fisiológicas resultantes dessa relação através de um estudo narrativo, descritivo, com uma coleta retrospectiva dos dados da literatura científica nas bases de dados: SciELO, Pubmed/ Medline, Lilacs e Google Acadêmico, no período de fevereiro a abril de 2020, a partir dos descritores: “estresse”, “neuroimunomodulação” e “eixo hipotálamo-hipófise-adrenal” e critérios de seleção da amostra. Foi observado que o estresse condiciona a transmissão de um sinal fisiológico ao organismo ativando o sistema neuroimunoendócrino, objetivando a eliminação do agente estressor ou a adaptação do organismo a este, ativando dois principais sistemas: o Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal e o Sistema Nervoso Autônomo. Ambos sinstetizam e liberam mediadores (hormônios, neurotransmissores) que modulam as respostas. Homeostaticamente, o estresse protege o organismo de situações que possam trazer danos, mas de forma crônica ocasiona desequilíbrio na produção celular principalmente no sistema imunológico. O cortisol, principal hormônio relacionado ao estresse, é responsável por ocasionar alterações em todo sistema orgânico especialmente na redução da atividade do SI, tanto da primeira linhagem celular (que possui resposta inespecífica), quanto da segunda (resposta específica), resultando num quadro patológico. Sendo assim, é possível inferir que o estresse apresenta características fisiológicas benignas em concentrações homeostáticas, entretanto, a frequência e periodicidade podem torná-lo inviável à sobrevivência.