A implementação da fitoterapia no Sistema Único de Saúde representa, além de mais uma ferramenta terapêutica à disposição dos profissionais de saúde, uma forma de valorização do saber popular. O objetivo do presente estudo foi avaliar a prescrição de fitoterápicos por profissionais médicos na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Rondonópolis, MT. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e exploratória. Os dados foram coletados nas unidades da ESF através de um questionário estruturado. Participaram da pesquisa 27 médicos, sendo a maioria (74,07%) mulheres, (59,25%) recém-formados e (59,25% %) sem pós-graduação. A prevalência de prescrição de fitoterápicos foi de 70,37%, uma frequência de 70,37% dos médicos orienta quanto às possíveis interações medicamentosas com fitoterápicos e 70,37% não receberam informações sobre fitoterápicos durante a graduação. Os medicamentos fitoterápicos mais prescritos foram Iso?avona-de-soja (Glycinemax (L.) Merr.) 21,42%; Guaco (Mikania glomerata Spreng) 14,28% e Maracujá (Passiflora incarnata L.) 11,90%. Os resultados indicam a necessidade de adoção de medidas que estimulem a prática de prescrição de fitoterápicos no município, a fim de contribuir com a consolidação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Somado a isto, deve-se estimular a promoção do uso racional de plantas medicinais/fitoterápicos, valorizando os saberes da comunidade e contribuindo com o cuidado integral dos usuários da ESF.