As parasitoses representam um grave problema de saúde pública devido, principalmente, às precárias condições socioeconômicas e de educação em saúde. A própolis é um dos muitos produtos naturais que são utilizados há séculos pela humanidade para o tratamento de diversas doenças. Sua atividade antiparasitária tem sido explorada por inúmeros grupos de pesquisas. Este estudo teve como objetivo revisar o efeito antiparasitário da própolis brasileira. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura científica. Os artigos foram pesquisados nas bases eletrônicas de dados LILACS, SciELO, CENTRAL, MEDLINE e BDTD utilizando os descritores: “própolis”, “Brazil”, “Parasites”, “Antiprotozoal Agents”, “Anthelmintics”, “Trophozoites” “Leishmania”, “Trypanosoma”, “Giardia” e “Entamoeba. Um total de 19 artigos compuseram a amostra final deste estudo. Foram encontrados 83 artigos publicados entre o ano de 1998 e 2018. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 7 artigos correspondentes à própolis vermelha e 12 artigos sobre outros tipos de própolis brasileira. Os estudos envolvem, em sua maioria, pesquisas in vitro com protozoários como Leishmania sp. e Trypanosoma sp. Atividades contra Trichomonas vaginalis, G. lamblia e helmintos (não especificados) também foram relatadas. É importante destacar, que as composições químicas da própolis não ficaram evidentes. Conclui-se que a própolis brasileira pode ser útil como terapia auxiliar de doenças parasitárias, porém, sugere-se a realização de estudos detalhados utilizando os helmintos, além de mais pesquisas in vivo e de estudos de padronização dos compostos biologicamente ativos.