Diante da situação de crianças e adolescentes realizando práticas de trabalho infantil em suas diferentes formas, vivenciadas no campo de Estágio Supervisionado em Serviço Social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, no período de 2017 a 2018, no Município de Bela Cruz – CE, surge a necessidade de desenvolver uma educação em saúde junto as famílias em situação de vulnerabilidade social para elucidar os prejuízos que marcam extremamente o desenvolvimento das relações sociais saudáveis de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Utiliza-se como metodologia a Educação Popular em Saúde, numa perspectiva dialética de envolver a participação das famílias numa construção conjunta do conhecimento entre diferentes saberes. Nessa perspectiva, utilizou-se como recurso a exposição de imagens, construída com a participação de todos para retratar o trabalho infantil, partindo da realidade que as famílias vivenciavam na comunidade. A partir desse espaço coletivo de escuta, diálogo e troca de saberes, possibilitou-se a análise e reflexão daquilo que revela ser uma prática comum para as famílias: o trabalho infantil, sobretudo, a situação de vulnerabilidade social, refletindo diretamente na dificuldade de perceber as implicações que o trabalho precoce acarreta no desenvolvimento social na vida das crianças e dos adolescentes. O trabalho infantil é a porta de entrada para as demais violações de direitos de crianças e adolescentes, e o seu combate requer a atuação das Políticas Públicas e ações intersetoriais organizadas e participativas, incluindo a população no protagonismo desse enfrentamento.