A Esporotricose constitui-se de características antropo ou saprozoonótica que tem como principais fontes de infecção os felinos domésticos, vegetais e o solo que é causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii, está atualmente distribuído em todo o mundo, especialmente em zonas tropicais e subtropicais. Apesar da Esporotricose apresentar distribuição mundial, a maior incidência ocorre nos continentes americano, países asiáticos e Austrália, sendo endêmico no Japão, China, Malásia, Índia, México, África do Sul, Uruguai, Peru e, principalmente, Brasil (ROCHA, 2015). A infecção geralmente ocorre por inoculação traumática de solo, plantas e matéria orgânica contaminada com o fungo. Certas atividades de lazer e ocupacionais, como floricultura, agricultura, mineração e exploração de madeira, são tradicionalmente associadas à micose. A transmissão zoonótica tem sido descrita em casos isolados ou em pequenos surtos. Em humanos, as lesões são geralmente restritas à pele, tecido celular subcutâneo e vasos linfáticos adjacentes. Em gatos, a doença pode evoluir com manifestações clínicas graves e envolvimento sistêmico frequente. O padrão ouro para o diagnóstico de esporotricose é a cultura. Entretanto, abordagens sorológicas, histopatológicas e moleculares têm sido adotadas recentemente como ferramentas auxiliares para o diagnóstico dessa infecção micótica. O tratamento de primeira escolha para humanos e gatos é através de medicamentos antifúngicos. O meu trabalho de pesquisa apresentará a Análise Epidemiológica da Esporotricose no estado de São Paulo.