INTRODUÇÃO: o sangue é o tecido mais transfundido do mundo, com cerca de 100 milhões de unidades de concentrados de hemácias transfundidas a cada ano. Além dos onerosos custos, as transfusões de sangue têm potenciais riscos de complicações agudas ou reações tardias. O estudo visa analisar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes pos-cirúrgicos que foram submetidos à hemotransfusão. MÉTODO: estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, realizado na clínica cirúrgica de um hospital público de Teresina (PI), com amostra constituída por 31 prontuários de pacientes pós-cirúrgicos, maiores de 18 anos, com internação no período de março a maio de 2018, com permanência mínima de 24 horas, e fizeram uso de hemocomponentes.
RESULTADOS: Dos 31 pacientes que receberam hemotransfusão, 36% tinham idade igual ou superior a 61 anos, 40% do sexo masculino, 42% pardos, com maior predomínio de diagnostico de fraturas em 18% e doença arterial periférica, 18% , media de hemoglobina para transfusão de 9,19, e media de tempo de internação de 23 dias.
CONCLUSÃO: o perfil dos pacientes que se submeteram ao tratamento não está em total acordo com critérios dos protocolos internacionais para transfusão. Sugere-se uma avaliação mais acurada de forma individualizada, para sua utilização com critérios de recomendações embasadas, assim como conhecimentos de práticas alternativas para atender os pilares para qualidade e segurança assistencial que inclui redução de transfusões excessivas e desnecessárias e gestão do sangue do paciente.
DESCRITORES: Perfil de saúde, Transfusão de Sangue, Procedimentos Cirúrgicos Operatórios.