A hanseníase quando não diagnosticada precocemente, pode gerar incapacidades físicas ou sequelas permanentes. Este estudo objetivou comparar o grau de incapacidade física e as deficiências presentes no diagnóstico e na alta ambulatorial em pacientes com hanseníase. Estudo de caráter descritivo, retrospectivo, fonte documental com delineamento quantitativo. A amostra foi composta por todos pacientes que realizaram tratamento de hanseníase no Serviço de Atenção Especializada de Rondonópolis (MT) entre 2017 a 2018. As variáveis observadas foram os dados sociodemográficos, clínico epidemiológicos e avaliação neurológica simplificada, que inclui avaliação dos graus de incapacidade física (GIF). Foi utilizada estatística descritiva, os testes aderência de Qui-quadrado e Exato de Fisher considerando nível de significância de 5% e de McNemar. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAEE 97441618.2.0000.8088). Foram analisados 72 casos de hanseníase com GIF, sendo que a maioria não houve alterações no diagnóstico (73,1%) e alta (84,72%). Houve significância estatística do número de casos com GIF e nas variáveis diminuição da sensibilidade córnea e catarata, nervo ulnar e mediano, avaliação de força ao abrir o dedo mínimo e elevar o polegar e na avaliação fibular. Neste sentido, medidas preventivas voltadas às incapacidades são essenciais e devem ser intensificadas no tratamento destes usuários.