A Sífilis Congênita (SC) ocorre pela disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum, da gestante infectada – que não recebeu tratamento ou que foi tratada inadequadamente – para o feto, por via transplacentária ou por contato direto com as lesões genitais durante o parto natural. Este estudo objetiva identificar os desafios enfrentados pela equipe de enfermagem na prevenção da sífilis congênita na Atenção Primária a Saúde (APS). Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa, realizada por meio de pesquisa nas bases de dados secundários do Ministério da Saúde e Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI), no período de 2015 a 2021. A ocorrência de SC denota a qualidade da assistência materno-fetal ofertada pelos profissionais na APS, visto que estão disponíveis, teste diagnóstico simplificado e tratamento eficaz de baixo custo. Segundo dados do DCCI, entre 2015 e 2021, foram notificados 314,019 novos casos confirmados de sífilis em gestantes e 150,044 de SC; 2018 foi o ano com maior ocorrência de sífilis em gestantes (59,299) casos e (26,534) de SC. Apesar de ter ocorrido uma queda ínfima, do ano de 2019 a junho de 2021, houve aumento permanente no número de casos nos quatro anos anteriores. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para o conhecimento acerca dos casos de sífilis no Brasil e sirva de incentivo para estudos subsequentes.