Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia, a infecção ocasionada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Trata-se de uma infecção, com transmissibilidade alta e letalidade maior que a Influenza. A Atenção Primária à Saúde, de forma organizada e dispondo de uma equipe capacitada contribui de forma positiva na redução da disseminação da COVID-19 na sua população adscrita. Este estudo teve como objetivo descrever, através da literatura, os principais impasses assistenciais na Atenção Primária à Saúde diante da pandemia do novo coronavírus. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através da busca de publicações científicas indexadas em 2020, na base de dados PubMed e BVS. Foram utilizados os seguintes descritores: “COVID-19”, “Atenção Primária à Saúde” e “Pandemia”. Ao final da pesquisa, oito publicações preencheram os critérios de elegibilidade e foram selecionadas para compor o estudo. Diante dos achados extraídos, percebeu-se que a deficiência de acesso à rede de internet é configurada como um dos principais impasses para o atendimento por meio da telessaúde, principalmente nas unidades localizadas na zona rural. Outra dificuldade evidenciada é quanto à criação de espaços exclusivos para assistência aos pacientes respiratórios. Além disso, a carência de Equipamentos de Proteção Individual também é referida como uma grande problemática para os atendimentos. Percebe-se a necessidade de maiores investimentos da gestão nesse nível de atenção, considerando seu poder de resolutividade que contribui de forma direta para o sucesso do enfrentamento à COVID-19.