Verificar as percepções de trabalhadores da rede de atenção primária à saúde (APS) de municípios da macrorregião do Sudeste Goiano sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos. Estudo transversal descritivo-exploratório desenvolvido com 80 trabalhadores de saúde de nove municípios do Sudeste Goiano. Os dados etnofarmacológicos foram coletados através de um questionário preenchido por entrevista. As entrevistas foram realizadas através de visitas às Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família, após os participantes assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A idade variou de 23 a 65 anos, sendo a maioria do sexo feminino (85,0%). A maior parte dos trabalhadores (96,3%) afirmou que deveriam ter conhecimentos sobre a utilização e as indicações de fitoterápicos, em especial o enfermeiro (56,3%) e o médico (56,3%). A maioria (71,3%) não costuma indicar fitoterápicos e/ou plantas medicinais e não sabem orientar os usuários (57,5%), apesar do uso no autocuidado (81,3%). Em relação às plantas medicinais prescritas pelos participantes, as quatro mais citadas foram cidreira (Melissa officinalis), camomila (Matricaria chamomilla) e amora (Morus nigra L.). Os resultados sugerem a necessidade de se investir na formação e na educação permanente em saúde dos trabalhadores da APS, para estimular a utilização de conhecimentos sobre as plantas medicinais e fitoterápicos em suas práticas de cuidado profissional.