A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa que está entre as rickettsioses mais letais do planeta, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida aos seres humanos através da picada de carrapatos do gênero Amblyomma. A elevada letalidade associada à doença deve-se ao fato de os sintomas serem pouco patognomônicos, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento. O objetivo deste trabalho é trazer uma atualização prática sobre os aspetos referentes à febre maculosa, como epidemiologia, etiologia, estudo do vetor e dos hospedeiros, transmissão e patogênese, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e profilaxia, com ênfase nos aspectos fisiopatológicos. Para a realização deste trabalho, foi feita uma revisão da literatura baseada em artigos em inglês da plataforma Pubmed dos últimos 10 anos, além de documentos do Ministério da Saúde e da FIOCRUZ e do livro Microbiologia TORTORA, 2017. Mediante pesquisa, foram encontrados 110 artigos dos quais foram escolhidos 30, por meio da leitura de títulos e resumos mais pertinentes. Nesse contexto, a febre maculosa apresenta-se como doença bastante incidente no Brasil, tendo sua distribuição localizada de modo acentuado no Sudeste. As infecções humanas são acidentais, atingindo principalmente a população economicamente ativa. Além disso, o patógeno, como já citado, causa sintomas pouco característicos, o que torna seu diagnóstico difícil e o agravamento rápido. Nota-se então que o conhecimento de todos esses aspectos é de suma importância para o diagnóstico precoce e tratamento efetivo, a fim de reduzir a letalidade da doença.