O crescimento da população idosa nos últimos anos é uma tendência observada em todo o mundo, representando um indicador positivo, mas trazendo também preocupações no âmbito da saúde pública. Nesse sentido, a população idosa necessita de assistência à saúde de qualidade e adequada às suas necessidades. Essa assistência está legalmente assegurada, mas existem ainda muitos obstáculos para a efetivação dos direitos dos idosos, tanto na condição de cidadãos, quanto no direito de acesso aos serviços de saúde. Esse estudo teve por objetivo analisar a percepção dos idosos acerca de seus direitos em saúde em uma Estratégia de Saúde da Família no município de Icó, Ceará. Definida como pesquisa de campo, exploratória e de caráter quali-quantitativo, com amostra de 20 idosos atendidos em uma unidade de saúde, sendo selecionados aleatoriamente. Foi caracterizado o perfil sociodemográfico dos idosos e verificado os seus conhecimentos acerca dos direitos da população idosa. Os resultados demonstraram que grandes partes dos senis desconheceram amparos legais e, entre os que conhecem, muitos consideram que a legislação é insuficiente para promover o respeito, dignidade e direitos de cidadania do idoso. A partir desse estudo foi possível compreender que é urgente a necessidade do desenvolvimento de estratégias voltadas para a educação e orientação da população, objetivando promover o reconhecimento da pessoa idosa como ser integral, cidadão de direitos e merecedor de respeito e apoio.