Introdução: estratégias para tratamento da hipertensão arterial (HA) envolvem educação, modificação de hábitos de vida e, se necessário, tratamento medicamentoso. Por isto o autocuidado tem sido estimulado pelas equipes de Saúde. Objetivo: Avaliar a relação entre o gênero e o autocuidado em pacientes hipertensos de Paulo Afonso (BA), visando auxiliar as medidas de controle. Metodologia: Dados foram coletados através de entrevista em três unidades básicas de Saúde (N= 60) no período de 30/maio a 30/junho de 2019 e analisados pelo teste exato de Fisher. O autocuidado foi avaliado pela adoção de dieta com controle de sal e ervas finas, controle pressórico e uso de medicação anti-hipertensiva. Este estudo foi aprovado pelo CEP - Univasf (protocolo nº 3.350.003). Resultados: Houve associação (p & #60; 0.05) entre o gênero feminino e adoção de dieta, pois 78,3% das mulheres adotaram contra 21,4% dos homens. Controle pressórico foi associado (p & #60; 0.02) com a melhora da HAS, tendo sido observado em 78,9% dos pacientes, dos quais 89,1% eram mulheres e 71,4% homens. Em ambos os gêneros o uso da medicação foi associado (p & #60; 0.001) a adesão ao tratamento, pois 98,0% acreditavam que o não uso da medicação agravaria o quadro hipertensivo. Assim, 100,0% dos homens e 95,6% das mulheres adotavam a terapêutica medicamentosa. Conclusão: A adoção do controle de sal na dieta é influenciada pelo gênero, enquanto o controle pressórico e o uso de medicação anti-hipertensiva independem do mesmo e são associados à melhora no quadro hipertensivo e adesão ao tratamento, respectivamente.