Introdução: As síndromes hipertensivas gestacionais são responsáveis por cerca de 20% da mortalidade materna, configurando a principal causa de morbimortalidade materno-infantil. Objetivo: Este estudo visou descrever o perfil epidemiológico das parturientes internadas no hospital regional da XI GERES, no sertão pernambucano, de acordo com a classificação dos níveis tensionais na sua admissão. Metodologia: Foram analisados 2.522 prontuários, avaliando-se dados relacionados ao atendimento inicial e ao histórico social e obstétrico, sendo esse um estudo quantitativo, transversal, observacional e descritivo. Resultados: Registrou-se 1.986 partos (867 normais, 1.087 cesarianas, 16 com fórceps); média de idade de 25,23 anos; 1.546 apresentavam pressão arterial normal e 254, hipertensão. Destas, 74,00% sem sinais de gravidade (SHSSG) e 26,00% com sinais de gravidade (SHCSG). A maior parte era proveniente de Serra Talhada, parda, solteira, com 12 anos de estudo ou menos e agricultora. As gestantes com SHSSG eram mais da zona urbana e, com SHCSG, da zona rural. SHCSG ocorreu mais em jovens, primigestas, nulíparas e que nunca abortaram. A idade gestacional média nas SHCSG foi de 37,55 semanas e 38,90 semanas nas SHSSG. Conclusão: O estudo contribuiu para conhecer as características epidemiológicas da região, pois não havia estudos prévios e se utilizava dados nacionais que nem sempre se assemelham à realidade local.