A relação de proximidade entre o homem e animais de companhia tem se estreitado no passar dos anos. Contudo, quando acometidos por parasitos, os animais podem causar problemas de saúde (para si e outros animais, incluindo humanos) e contaminar o ambiente, constituindo-se em um problema de saúde pública. O conhecimento acurado dos parasitos mais prevalentes em cães e gatos é fundamental para a adoção de medidas profiláticas. O objetivo deste estudo foi identificar os parasitos presentes nas fezes de animais domiciliados e de uma Organização Não Governamental (ONG) em Santo Antônio de Jesus-BA, contextualizando com aspectos do convívio com animais domiciliados. Foram aplicados 130 questionários semiestruturados com membros de uma instituição de ensino superior sobre a sua relação com animais de companhia. 67,7% dos entrevistados afirmaram possuir/ter possuído alguma vez na vida um animal doméstico. Destes, 44,3% relataram que o animal estava presente durante a preparação de alimentos e 65,9% referiram dar vermífugo ao animal. Quanto à análise parasitológica, foram analisadas 8 amostras de fezes de cães e gatos domiciliados e 23 amostras de cães de uma ONG que acolhe animais sem domicílio. 83,9% dos animais tiveram amostra positiva para pelo menos um parasito. O mais encontrado foi o ovo de ancilostomídeo em 80,6% das amostras, seguido de ovos de Toxocara sp, larvas de ancilostomídeos e cistos de Giardia spp. Houve relação estatisticamente significante entre a origem do animal e o resultado do exame (p& #60; 0,0001). O número de amostras positivas revela o risco de transmissão de agentes com potencial zoonótico aos seres humanos. Os dados servem para reflexão e melhoria do bem-estar humano e animal, demonstrando a importância da realização periódica de exames parasitológicos de fezes nos animais e vermifugação. Faz-se necessária a efetivação de ações educativas para conscientização dos responsáveis para que não haja prejuízos na convivência entre humanos e animais.