O câncer de colo uterino é um dos maiores problemas de saúde pública sendo considerado um grande fator de risco para as mulheres na faixa etária acima dos 30 anos, as chances para desenvolver essa doença estão ligadas com diferentes fatores, sendo o mais preocupante a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), os sintomas podem ser imperceptíveis nos primeiros estágios da doença mas em nossa atualidade existem maneiras de prevenir a neoplasia com os exames preventivos, como a Colpocitologia Oncótica. A literatura especializada diz que a alteração morfológica de uma lesão por HPV, denominada lesão intra-epitelial de baixo grau (LSIL) é, basicamente, o halo coilocitótico, porém, a prática clínica vem demonstrando que o coilócito não é o único critério morfológico para se detectar uma LSIL. Dessa maneira, este estudo tem como objetivo demonstrar as alterações celulares características de uma LSIL que na prática clínica são encontradas também em células de HSIL. Através da análise de 150 campos de 32 lâminas de colpocitologia oncótica previamente diagnosticadas, foi quantificado a porcentagem das 5 alterações mais vistas nas lâminas que respectivamente foram as cariomegalias nucleares, os halos coilocitóticos, as membranas plasmáticas grosseiras, os núcleos hipercromáticos e as membranas nucleares irregulares. Levando em consideração a quantidade de possíveis erros ao formular os laudos, sugere-se a aplicação de exames de biologia molecular como a hibridização in situ e a PCR para assim diminuir quantidades de exames falsos negativos.