Trata-se de um estudo transversal com o objetivo de identificar a prevalência de uso de psicofármacos entre a população adscrita de uma unidade básica de saúde e os fatores associados. Participaram 59 pessoas adscritas na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde de Guarapuava, Paraná. Foram realizadas entrevistas no período de janeiro a maio de 2022. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas. Identificou-se o predomínio de uso de antidepressivos, seguido de ansiolíticos, com presença de receita médica assinada, na maioria das vezes, pelo médico da UBS. Destacou-se o uso de longo prazo, prevalecendo tempo superior a três anos. Os sintomas depressivos foram citados como principal motivo de uso. A maioria afirmou uso regular conforme prescrição médica e negou compartilhamento do medicamento. Muitos disseram que não tem desejo de abandonar o tratamento, porém foram citadas tentativas de descontinuar o uso. O médico foi o profissional mais citado como responsável pelas orientações para o uso. A maioria assinalou entre um e cinco anos da última reavaliação médica. Em relação à presença de reação adversa, houve predomínio de insônia, boca seca, tontura e ganho de peso. Conclui-se que o perfil de consumo dos psicofármacos demonstra falta de supervisão e orientação Apesar da aparente adesão ao tratamento é necessário refletir sobre a garantia de uso adequado desses medicamentos.