Este trabalho investigou o papel da inflamação e disbiose no consumo alimentar de indivíduos com Síndrome Metabólica (SM), enquanto elementos intimamente relacionados. Foi realizada uma revisão narrativa de literatura, através de pesquisas nos bancos de dados PubMed, Science Direct e Scielo, voltadas para publicações nos idiomas inglês e português, entre os anos 1994 a 2023. Foram utilizados os descritores “Inflammation”, “insulin resistance”, “Dysbiosis”, “food consumption” e “Metabolic Syndrome” para a busca de periódicos. Os achados desta pesquisa sugeriram que a inflamação característica da SM e/ou promovida pelo lipopolisscarídeo (LPS) bacteriano proveniente da disbiose pode inibir ou prejudicar vias para promoção de saciedade: o padrão dietético ocidental, promovendo disbiose e implicando no consumo de dietas ricas em lipídios, resulta na ativação de vias inflamatórias no hipotálamo prejudicando a resposta anorexígena induzida pela sinalização de hormônios como insulina e leptina mediada por neurônios que expressam POMC (pró?opiomelanocortina) e CART (transcrito regulado por cocaína e anfetamina), os quais estavam inibidos em função dos efeitos da inflamação a nível central, ou seja, ocorre um círculo vicioso negativo, onde a alimentação inadequada piora a disbiose. Esta por sua vez prejudica o consumo alimentar devido a sua influência nos centros de saciedade. Faz-se necessário a adição de mais estudos na literatura sobre os termos desta pesquisa, para que os achados sejam descritos com infalibilidade.