As fissuras labiopalatinas são malformações faciais congênitas que ocorrem por meio de uma abertura/ruptura na região do lábio e/ou palato, causada pelo não fechamento dessas estruturas. Segundo levantamentos epidemiológicos brasileiros, a incidência de fissura labiopalatina varia de 0,19 a 1,54 para cada 1.000 nascimentos. Mesmo sem uma causa elucidada, estudos apontam para a ação e interação de múltiplos fatores, tanto genéticos quanto ambientais. Além disso, vários estudos apontam para uma forte relação entre fissura labiopalatina e indivíduos de baixo nível socioeconômico, em que o acesso à saúde é escasso, com as gestantes não tendo pré-natal adequado. Análises epidemiológicas também destacaram uma predileção por grupos étnicos variados. A presente revisão utilizou artigos em inglês, nos quais foram obtidos por meio de bases de dados virtuais, Scielo e Pubmed, com os descritores: Cleft Lip, Cleft Palate, etiology. A partir das informações coletadas dos artigos, concluiu-se que, apesar da fissura labiopalatina ser uma malformação congênita relacionada a diversas síndromes e fatores genéticos, constata-se que as principais causas são fatores ambientais. Um acompanhamento multidisciplinar é essencial, buscando minimizar as graves sequelas decorrentes dessa malformação, como perda auditiva, problemas de fala, déficit nutricional, problemas articulares, posicionamento dentário e estético, além de sofrer com preconceitos. Buscando uma solução não só no aspecto funcional, mas também no emocional, proporcionando o bem-estar do paciente