RESUMO: Estudos sobre fraturas de fêmur tem se tornado cada vez mais relevante na população, tendo em visto o aumento da expectativa de vida. Nesse sentido, é importante ressaltar que esse tipo de fratura se apresenta comumente nos traumas entre as pessoas idosas e está associada à substancial morbidade e mortalidade. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo de vítimas de fratura de fêmur proximal tratadas cirurgicamente em um hospital particular de Belo Horizonte/MG, no período de 01 de fevereiro de 2007 a 01 de julho 2009. Por meio da análise dos prontuários e de contatos telefônicos coletaram-se informações com as características dos pacientes, que foram acompanhados por até 28 meses após a fratura. RESULTADOS: A fixação utilizada mais frequente para as fraturas de fêmur proximal foi o Dynamic Hip Screw (DHS), seguidos pela artroplastia parcial de quadril e artroplastia total de quadril, nessa ordem. Oito pacientes (6,8%) estavam institucionalizados quando foram admitidos. Este estudo não apontou para maior morbimortalidade. A taxa de reinternação foi de 41,7%, dentro do esperado, considerando a gravidade do paciente idoso com fratura do fêmur proximal. Este estudo revelou que 55,2% dos pacientes permaneceram hospitalizados por até seis dias. DISCUSSÃO: Com a análise estatística dos dados deste trabalho, foi possível ressaltar algumas características epidemiológicas dos pacientes com fratura de fêmur. Estudos prospectivos trazem informações mais precisas e diminuem o viés da amostra. O fato de que 33,7% dos pacientes queixaram-se de dor no pós-operatório demonstra a importância em se realizar novos estudos dando enfoque a esse tema. Ademais, foi visto que 26,8% pacientes dependem definitivamente de muleta ou andador. CONCLUSÃO: O tema é de extrema relevância para a comunidade médica e o recorte realizado nessa pesquisa permite novos estudos na área em ortopedia objetivando compreender mais sobre a epidemiologia e o curso clínico das fraturas de fêmur proximais.