A pandemia da Covid-19 teve seus primeiros reflexos no Brasil em março de 2020 tendo como consequência da quarentena o lockdown e o fechamento dos estabelecimentos de ensino. Este estudo avaliou as repercussões da pandemia pela COVID-19 na aprendizagem de estudantes do ensino médio do sertão Pernambucano. Tratou-se de um estudo quali-quantitativo descritivo cujos dados foram obtidos mediante entrevista constituída com um questionário semiestruturado. O estudo foi desenvolvido em três escolas do Ensino Médio do município de Petrolina com 90 discentes de cada escola (30 por serie), cujas idades variavam de 15 a 19 anos. ‘Os critérios de inclusão foram: estar cursando o ensino médio nos formatos virtual e/ou híbrido, independentemente da idade, sexo ou renda familiar. Dados foram organizados em planilhas da Microsoft Excel (Microsoft 365® ) e os resultados quantitativos analisados utilizando-se análise descritiva com porcentagem simples. Os resultados qualitativos foram discutidos à luz da literatura vigente. Dos estudantes 68,5% eram do sexo feminino e 31,4% do masculino; 12,5 não tinham renda mensal fixa, 18,8% renda inferior a um salário-mínimo, 38,8% de um salário-mínimo e 29,6% maior que um salário-mínimo. Em relação ao acesso à internet no domicílio, 70% dos entrevistados afirmaram ter internet em casa e 30% não o ter. A pandemia afetou o aprendizado da maioria, pois 15% deram nota 10,0; 75% nota 8,0 e 10% nota 5,0. Quanto a desmotivação do aprendizado, 80% deram nota 10,0 e 20% nota 5,0. Em relação a afetar a convivência no ambiente familiar, 90% deram nota 10,0 e 10% nota 0,0. Desestímulo quanto às expectativas futuras de continuidade do ensino médio foi relatado pela maioria dos estudantes, pois 85% deram nota 10,0; 5% nota 5,0 e 10% nota 3,0. Prejuízo da vida social foi descrito por 95% dos estudantes que deram nota 10,0 e 5% nota 8,0. O mesmo ocorreu em relação à insegurança, que foi relatada de forma grave, onde 5% deram nota 10,0; 60% nota 8,0 e 35% nota 5,0. Em relação ao processo de ensino e aprendizagem 100% responderam que não estavam preparados para passar de série ou entrar na universidade 100% preferiam o ensino presencial em relação ao remoto ou o híbrido. Conclui-se que os discentes apresentaram dificuldade na adaptação ao ensino virtual e muitos em acompanhar as aulas devido à falta de recursos digitais, havendo comprometimento dos resultados de ensino-aprendizagem.