RESUMO: Introdução: o Brasil enfrenta há anos o crescimento exacerbado nas taxas de violência contra a mulher, tendo em vista o impacto direto na saúde pública, devido a exposição a fatores de riscos biopsicossociais que levam ao adoecimento das vítimas de agressão, como: depressão, transtornos de ansiedade, distúrbios do sono e até mesmo ao suicídio. Objetivo: analisar os dados da violência contra a mulher no Brasil com enfoque no Amapá. Metodologia: diante do estudo de artigos para leitura minuciosa, houve a pesquisa em busca dados secundários no atlas da violência de 2020, na ficha técnica do Fórum Brasileiro de Psicologia, Mapa da Violência Contra Mulher de 2018, Monitor da violência do G1 e o Banco de dados da Fundação Oswaldo Cruz. Resultados e discussões: os estados Sergipe (48,8%), Amapá (45,3%) e Alagoas (40,1%) obtiveram maiores quedas nas taxas de violência contra a mulher, por conseguinte, Roraima, Tocantins, Acre e Pará foi registrado crescimento exponencial dos casos. Em relação as características epidemiológicas, ressaltam-se que mulheres negras, com baixo nível econômico tem maior exposição a violência. No Amapá os registros de feminicídios mostram que 85,7% foi de mulheres negras. Mulheres que concluíram até o ensino fundamental são 70,7% e a idade das vítimas que mais sofrem com a violência fica entre 30 e 39 anos sendo 29,8% dos casos. Conclusão: diante das taxas crescentes de agressões vivenciadas no Brasil, destaca-se a importância de implementação de políticas públicas mais eficazes para diminuição da violência contra a mulher, de modo a diminuir os danos ocasionados e reafirmando o direito de viver sem violência.