As regiões Nordeste (NE) e Norte (N) apresentando um crescimento acentuado das taxas de violência de gênero, destacando-se a violência contra as mulheres. Analisar esses valores é importante a fim de estabelecer medidas para a diminuição deles e possíveis mitigações para os efeitos nocivos nos afetados. Assim, este trabalho objetiva analisar os índices de violências contra as mulheres das regiões NE e N do país nos últimos cinco anos de dados disponíveis. Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, feito a partir da extração de dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN, referentes aos casos de violência contra as mulheres nas regiões NE e N do Brasil no período entre 2014 e 2018. Apesar dos avanços que a Lei Maria da Penha trouxe no campo da segurança do gênero feminino, é notório um aumento significativo nos casos de violência contra as mulheres nas regiões N (42,1%) e NE (66,9%), entre 2014 e 2018. Além disso, a violência sexual contra esse gênero aumentou em 16,9% (N) e 41,6% (NE), bem como a psico/moral 71,1% (NE) e a violência física 29,3% (NE), no mesmo período. Os dados do SINAN foram analisados e discutidos e ficou evidente que o gênero é um fator determinante para a violência e que essa apresenta crescimento anual considerável nas regiões N e NE do Brasil, necessitando, portanto, de intervenções mais pragmáticas. Essa situação, possivelmente, é reflexo dos efeitos da masculinidade hegemônica, pautada em uma construção social machista e patriarcal. Desta maneira, o contínuo levantamento de dados é necessário, bem como a confecção de novas pesquisas, a fim de gerir políticas públicas para o enfrentamento dessa questão.