A presente pesquisa, de caráter historiográfico, examina a educação formal no Brasil durante o século XIX. O período é caracterizado pela existência de uma sociedade agrária alicerçada na exploração do trabalho escravo, gerando a exclusão de negros e indígenas do processo educacional. As reformas de D. João VI impulsionaram a abertura de escolas e cursos superiores, ampliando o ensino principalmente para a elite econômica e a classe emergente. O ensino de Filosofia, presente nos currículos das escolas secundárias e nos exames preparatórios, utilizou compêndios escolares importados da Europa, especialmente da França. A reforma Couto Ferraz, de 1854, regulamentou o uso desses compêndios, consolidando o Colégio Pedro II como modelo nacional. Mesmo com a abolição da escravatura em 1888, a educação continuou acessível apenas para uma parcela restrita da população, perpetuando a exclusão social.