Este texto analisa o ensino de Filosofia durante o regime militar no Brasil (1964-1985), e as políticas educacionais que foram implementadas, que visavam controlar a produção e distribuição de livros didáticos. A criação da Comissão do Livro Técnico e do Livro Didático (COLTED) em 1966 foi fundamental na disseminação dos livros didáticos, favorecendo a expansão do ensino técnico e alinhando-se aos interesses do governo militar e do capital estrangeiro. Ao mesmo tempo, a disciplina de Filosofia foi retirada do currículo obrigatório, sendo vista como uma ameaça à ordem estabelecida por promover o pensamento crítico. O controle sobre o material didático e a exclusão da Filosofia das escolas contribuíram para a imposição de uma ideologia tecnicista, refletindo os interesses políticos e econômicos da época.