O artigo aborda a transformação sociopolítica e filosófica na Grécia clássica e helenística, destacando o papel da polis e o declínio de sua função unificadora. Na Grécia clássica, a cidadania e o bem comum eram ideais que regiam a vida em comunidade, com foco na política e na temperança. Com a dispersão do mundo grego no período helenístico, surgem novos agrupamentos e o individualismo predomina, refletindo a fragmentação política e a perda de valores comunitários. O texto analisa a separação entre ética e política, destacando o desenvolvimento de uma ética individualista. O surgimento de novas escolas filosóficas, como o epicurismo, é contextualizado como resposta às novas questões morais e à busca pela felicidade individual. Epicuro é apresentado como um pensador que promoveu uma filosofia acessível, sem distinções sociais, e valorizou a amizade como fundamento ético. A difusão do pensamento helenístico e sua influência oriental são discutidas, assim como o impacto das escolas filosóficas que moldaram as bases do pensamento moral da época. A filosofia epicurista se destaca por seu enfoque na moderação dos prazeres e na paz interior, desafiando as frustrações humanas e propondo um modelo de vida harmonioso para seus seguidores.