O ensino línguas nos últimos anos vem passando por grandes transformações. Entre essas significativas mudanças, sabemos que o ensino que promove a reflexão é um marco significativo. No ensino de línguas é preciso analisarmos a língua(gem) como instrumento que busca estabelecer relacionamentos sociais, ordenar dados e informações, compreender as linguagens não verbais, avaliar o dito e o escrito, organizar e registrar conhecimentos adquiridos. Assim, buscamos neste estudo discutir como o livro didático de Língua Inglesa privilegia a raça branca de maneira subjacente nos textos imagéticos. A partir de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, apontamos as mudanças ocorridas na elaboração do livro didático no que diz respeito a raça e analisamos de forma crítica o que a literatura diz sobre a representação do negro nos livros didáticos de língua inglesa. Utilizamos como pano de fundo para as nossas reflexões as ideias de Bakhtin (2007, 1997), Brasil (2018), Street, (1995), Rojo (2009), Silvibo (2014) e Stokes (2002). A relevância deste estudo reside em trazer à baila a importância de que a cultura afro seja ressignificada como objeto de contextualização dentro dos livros didáticos uma vez que estes são o principal recurso do processo de ensino e aprendizagem. Os resultados evidenciam que nos livros didáticos há de forma nítida a supremacia da cultura branca em detrimento da cultura afro, havendo um número reduzido de imagens que utilizem o negro nos livros didáticos de Língua Inglesa.