Ao longo dos últimos anos, diversas diretrizes para classificação de barragens foram publicadas com vistas a avaliar e dimensionar o dano esperado em caso de ruptura das estruturas. Cada um desses padrões se fundamenta em premissas e abordagens distintas, direcionadas à salvaguarda da população, aspectos ambientais e parâmetros técnicos de segurança de barragens. Nesse contexto, este trabalho se propõe a examinar duas dessas metodologias de classificação respaldadas em requisitos legais ou melhores práticas internacionalmente reconhecidas: a classificação de Dano Potencial Associado (DPA), estabelecida na Resolução n° 95 (ANM, 2022), e a classificação de consequências do Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos (GISTM). Tendo como objetivo apresentar uma abordagem prática que analise as metodologias de classificação de consequências do GISTM e o Dano Potencial Associado (DPA), foram explorados pontos de convergência entre esses sistemas, mediante a identificação e mapeamento de temas e critérios relacionados. Por fim, são comparadas algumas classificações reais publicadas no sistema SIGBM e portais de divulgação de uma grande mineradora, aplicando-se a correlação proposta neste artigo. A partir desse exercício, foi possível notar que as correlações estabelecidas entre as metodologias de classificação resultaram em baixas taxas de acerto, quando avaliados os resultados apresentados nos domínios públicos. Conclui-se, portanto, que não há interface suficiente entre as metodologias de classificação para serem correlacionadas de maneira direta. Recomenda-se até o presente momento a realização de análises individualizadas para cada metodologia, de modo a atender aos diferentes padrões.