A avaliação da estabilidade de barragens em condição de sismicidade se tornou cada vez mais crucial dado o significativo aumento de rupturas após terremotos. Diretrizes internacionais como o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (ICMM, 2020) abordam o risco sísmico como critério fundamental para o ciclo de vida das barragens. A aplicação de análises baseadas no método de Newmark (1965) formam a base para estudos preliminares da performance sísmica das estruturas geotécnicas (J. Bray e J. Macedo, 2017; J. Bray e J. Macedo, 2018). Apesar destas análises não substituírem as vantagens de uma análise dinâmica não linear, obter uma sensibilidade do deslocamento permanente induzido por sismo esperado antes de conduzir análises mais complexas é valioso (J. Bray e J. Macedo, 2019). O presente artigo discorre sobre a análise do estudo de risco sísmico, da definição dos critérios e tempo de retorno associados e da metodologia para calcular o coeficiente pseudoestático, adotando a proposta por J. Bray e J. Macedo (2019), ao avaliar a estabilidade de uma barragem hipotética. O artigo apresenta a aplicabilidade e relevância de novas metodologias na avaliação sísmica de barragens, fundamentais para garantir a segurança e contribuir para o desenvolvimento sustentável das estruturas geotécnicas.