A crescente geração de rejeitos tem evidenciado a necessidade de ampliação e construção de novas barragens de rejeito. No entanto, apesar dos avanços tecnológicos no setor mineral e dos desenvolvimentos científicos na engenharia geotécnica, as rupturas dessas barragens continuam a ocorrer. Diante da necessidade crescente de armazenamento seguro de rejeitos em estruturas estáveis e de menor risco, os desafios contemporâneos da engenharia geotécnica tornam-se mais complexos e exigentes. Neste contexto, este trabalho tem como objetivo apresentar aspectos gerais e construtivos das barragens de rejeito, através de uma pesquisa básica que utiliza abordagens qualitativas para os referenciais teóricos e quantitativas para os dados obtidos na literatura. Os tópicos abordados incluem tipos de barragens, métodos construtivos, mecanismos de ruptura, panorama nacional e a distribuição de rupturas no Brasil. O estudo conclui que, embora a maioria das barragens de rejeito brasileiras possua baixa classificação de risco, elas apresentam médio a alto dano potencial associado. Em relação aos métodos construtivos, a literatura não indica uma preferência clara por uma opção específica. Quanto às rupturas, observa-se um desalinhamento conceitual sobre os mecanismos e causas, com maior incidência de rupturas em barragens alteadas pelo método de montante. Além disso, há discrepâncias nas pesquisas estatísticas sobre falhas de barragens de rejeito, destacando a necessidade de mais estudos, especialmente sobre acidentes em barragens nacionais.