A estimativa da aceleração sísmica é essencial para a obtenção de modelos que representem adequadamente a realidade e cumpram as regulamentações vigentes de avaliação da segurança de barragens e pilhas. Neste trabalho, comparou-se a estimativa da Aceleração de Pico de Terreno usando o método de Cruz et al. (2022) em relação aos valores dos mapas de Assumpção et al. (2016) e da Eletrobrás (2003), amplamente utilizados no Brasil. Utilizando as recomendações do Eurocode 8 e da Canadian Dam Association, aplicou-se a decomposição em vetores verticais e horizontais em uma barragem hipotética, localizada no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, com tempo de retorno de 10.000 anos. Uma análise de equilíbrio limite pseudoestático no software Slide2 foi utilizada para comparar os fatores de segurança obtidos por essas diferentes metodologias. Os resultados destacaram como a estimativa da aceleração sísmica afeta a avaliação da segurança da barragem. A escolha crítica da metodologia é fundamental, principalmente na ausência de estudos locais específicos para as regiões de interesse. O método da Eletrobrás (2003) não apresenta diferenças de acordo com o período de retorno da estrutura, o que traz muita simplificação ao estudo. Já o método de Cruz et al. (2022) é mais recente e complementa o método de Assumpção et al. (2016) através de dados medidos em campo.