O lançamento do Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos, GISTM da sigla em inglês em agosto de 2020, representou um divisor de águas no gerenciamento das Estruturas de Armazenamento de Rejeitos (EARs), trazendo para um mesmo guia uma robusta abrangência temática, técnica e não técnica, até certo ponto inédita, tendo em vista as partes envolvidas na elaboração. Atestando sua importância, todas as mineradoras globais, membros do Conselho Internacional de Mineração e Metais, ICMM da sigla em inglês, firmaram compromisso público para sua adoção. À primeira vista, o Padrão parece tarefa complexa e de difícil implementação, mas não é, desde que seja encarada como uma transformação cultural na gestão de rejeitos da Companhia. O trabalho apresenta alguns aspectos de uma implementação do GISTM em empresas, trazendo o caso da Vale SA, que entre 2020 e 2023 alcançou conformidade em 48 EARs. Através de um diagrama do arcabouço de governança, os Macroprocessos da Fase de Pré-Implementação serão comentados, sugerindo uma forma de se preparar para implementar, alcançar e manter a conformidade ao Padrão. Com isso, esperase estar contribuindo para estimular outras mineradoras no engajamento voluntário ao GISTM, visando um contínuo aprimoramento dos processos, elevando a segurança das EARs.