O presente artigo apresenta a análise de estabilidade de um aterro sobre solos moles localizado às margens da BR 116, na região periférica de São José dos Pinhais/PR. A partir de investigações geotécnicas disponíveis, determinou-se as camadas do subsolo e seus respectivos parâmetros. A primeira camada foi caracterizada como uma turfa, variando de 5 a 7 metros de espessura, a segunda, uma argila arenosa com material orgânico, com espessura de 2 a 2,5 metros, e, por fim, uma camada de areia que segue até o final do ensaio de piezocone. Foram analisadas quatro seções transversais do aterro, primeiramente por meio do cálculo da altura admissível, a partir do qual se notou que três seções extrapolaram o valor limite, de 1,53 metros, demonstrando uma possível ruptura do aterro. Na sequência foram
elaborados os modelos geológicogeotécnicos e realizadas análises de estabilidade a partir de um software, por meio do método de equilíbrio limite, resultando em fatores de segurança menores que 1.5. Deste modo, foi definido o método de reforço do solo como solução de estabilização e dimensionado geogrelhas, cuja resistência à tração de cálculo foi de 240 KN/m e espaçamento vertical de 0,5 metros entre camadas. Fazendo novas análises com o uso do geossintético, notou-se o aumento do fator de segurança de todas as seções, os quais ficaram maior que o valor mínimo, comprovando a eficiência da geogrelha como material de reforço para o aterro de estudo.