As contenções em solo reforçado têm ganhado cada vez mais importância na engenharia. No Brasil, o uso de geossintéticos como reforço em solos tropicais têm se resumido, em sua maioria, no uso de geogrelhas de alta tenacidade. Este artigo tem o objetivo de apresentar uma nova tecnologia que possibilite a verticalização de maciços com elevada solicitação, com segurança e performance, somada ainda à praticidade executiva, desde que efetuado correto controle de qualidade do aterro, bem como caracterização de sua jazida. Os reforços empregados neste sistema possibilitam em muitos casos total verticalidade do maciço, associando-o ao uso de geotiras sintéticas, similares às utilizadas nas contenções do tipo Terra Armada. A caracterização do material de aterro e seu eficiente controle de compactação permitem um processo executivo acelerado se comparado aos muros de solo reforçado que utilizam geogrelhas. Já a possibilidade de uso do paramento mineral diminui drasticamente as emissões de carbono e não exigem tempo de cura ou translado de concreto, tornando-o ambientalmente viável. Este artigo abordará ainda a experiência da Mina Cerro Verde, no Peru, avaliando ainda como poderia ser empregada a tecnologia em solos brasileiros, desde que observados condições de contorno locais mediante tecnologia disponível.