Projetos de engenharia, tanto no setor mineiro quanto na infraestrutura, muitas vezes, promovem o aumento de erosões a partir de obras onde se retira cobertura vegetal, deixando o solo exposto a agentes erosivos, pelo impacto pluvial, aumentando o risco de assoreamento e possível contaminação por elementos tóxicos. A situação é agravada, quando se tem inclinações de taludes severas, superiores a 45 graus, onde as soluções convencionais acabam tornando-se técnica e economicamente inviáveis. Nesse contexto, os geossintéticos, em especial as geocélulas, tornam-se uma alternativa efetiva, uma vez que sua estrutura tridimensional permite o confinamento e mantenimento de solo sob condições adversas. As geocélulas, quando combinadas a um substrato com propriedades orgânicas favoráveis, criam um ambiente adepto ao crescimento vegetativo, principalmente em meios onde se tem um ambiente quimicamente alterado e/ou substrato infértil. Além disso, pela presença de perfurações e textura em suas paredes, as geocélulas proporcionam drenagem livre, evitando a saturação do solo de preenchimento. Como resultado, tem-se garantida a estabilidade física e biológica, possibilitando o estabelecimento vegetativo e, consequentemente, o controle de erosão superficial em situações com inclinações acentuadas. Esse fator será evidenciado através de cálculos, onde se demonstrará a influência das geocélulas preenchidas com solo, sob elevadas declividades, tendo-se exemplos práticos realizados e finalizados na América Latina.