O contorno viário da cidade de Florianópolis é conhecido por seus desafios geoténcicos relacionados às suas encostas. No caso de obra em questão, apesar das análises clássicas apontarem poucas instabilidades no maciço, as fotos de inspeção local mostram maior fraturamento em algumas regiões do maciço. Assim, viu-se a necessidade de relizar o grampeamento de uma região do talude e fechamento com telas métalicas de alta resistência. Este artigo avalia as condições de estabilidade das rochas no corte, considerando a geometria recém executada, e apresenta o dimensionamento geotécnico do grampeamento. Os taludes do corte possuem inclinações de 1:1 (vertical:horizontal) separados por bermas com 4 metros de largura, variando em altura de 4 a 8 metros. O modelo de Mohr-Coulomb foi adotado devido à falta de uma caracterização mais detalhada do maciço rochoso e suas fraturas. Uma espessura de massa instável de 1,50 metros na face do talude foi considerada para calcular um revestimento adequado. Os grampos foram inclinados a 30° em relação à horizontal para permitir a instalação de placas de ancoragem próximas à face do talude. O fator de segurança global calculado, considerando a NBR 11682 e a redução de resistência típica do aço, é igual 1,70. Este estudo fornece informações cruciais para assegurar estabilidade do corte de estrada em questão, com implicações significativas na segurança e eficiência da infraestrutura rodoviária.