Existem diversos métodos empíricos para dimensionamento de muros de solos reforçados com geossintéticos (MSRG). O comportamento destas estruturas pode ser simulado utilizando-se software de elementos finitos para análise de tensões mobilizadas nos reforços e estimativa de deslocamentos. Este estudo propõe-se apresentar análises de MSRG avaliando a influência da geometria e da rigidez dos reforços mediante a comparação de resultados obtidos em simulações por métodos empíricos e por modelagem numérica. Assim realizou-se o pré-dimensionamento pelo método de Ehrlich e Mitchell (1994), obtendo-se os valores de tensão máxima e comprimento de reforços, o pré-dimensionamento foi utilizado para a análise de modelagem numérica utilizando-se o software Plaxis 2D, em que são obtidos valores de tensão máxima e deslocamentos nos reforços, bem como o deslocamento total. As variáveis analisadas foram a tensão máxima mobilizada nos reforços, e a influência da rigidez dos reforços nos deslocamentos estimados. Para tanto foram estabelecidos muros com variações de altura, construídos com o mesmo tipo de solo e inclinação da face, assim como espaçamentos vertical e comprimentos dos reforços constantes em todas as camadas. Verificou-se que o aumento da altura dos muros impacta em maiores valores de tensões e deslocamentos, tem-se ainda que o aumento da rigidez resulta em menores valores de deslocamento nos reforços e da estrutura. Os valores de tensão obtidos pela modelagem numérica foram superiores aos obtidos pelos métodos empíricos. Os resultados corroboram com outros resultados encontrados na literatura. Conclui-se que a análise por métodos empíricos fornece valores adequados de tensão, entretanto a análise por modelagem numérica se faz essencial para verificação de deslocamentos da estrutura.