A estabilidade de taludes rochosos é determinada pela relação entre a resistência da rocha intacta e as características estruturais do maciço. A região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, tem extenso histórico de deslizamentos, inclusive de rupturas planares, muitos dos quais às margens de rodovias importantes. A proposta deste estudo consistiu na avaliação da estabilidade de um talude de rocha, composto por siltito intensamente alterado, localizado às margens da BR-470 em Gaspar. Portanto, foram realizadas análises cinemáticas e por sistemas de classificação de maciços: Slope Mass Rating (SMR) e Slope Stability Probability Classification (SSPC). Com essas avaliações, foi possível investigar a influência dos fatores estruturais e da resistência da litologia na estabilidade do talude. Os resultados de SMR e SSPC foram comparados, visto que a primeira tem utilização consolidada em diferentes regiões do mundo e a segunda ainda não foi devidamente testada em contextos distintos da qual foi desenvolvida. Como avaliação preliminar, a análise cinemática indicou instabilidade para rupturas planares e em cunha, as análises SMR resultaram em valores baixos, que indicam falhas por diversos modos, enquanto que SSPC indicou a probabilidade de 70% para ruptura planar e de 95% para tombamento de blocos. Desta forma, as verificações concordam quanto à extrema instabilidade do talude, ainda que com diferenças quanto aos mecanismos.