A construção de contenções, através da utilização de muros de solo reforçado é uma prática consolidada, que vem sendo utilizada desde a década de 80 no mercado internacional. No mercado brasileiro, ainda é uma prática, relativamente nova, e que vem ganhando força nos últimos anos devido aos inúmeros trabalhos realizados na área. O constante avanço da tecnologia vem nos brindando cada vez mais com novas materiais e técnicas construtivas, visando cada vez mais o aumento dos níveis de segurança das estruturas,
principalmente devido as constantes mudanças climáticas que temos enfrentado. Visando a construção de estruturas sustentáveis, reduzindo a utilização de materiais de empréstimo, a utilização das geocélulas preenchidas com solo, como estruturas para o paramento frontal para tais estruturas, nos mostra grandes benefícios, tanto técnicos quanto econômicos, em comparação as técnicas convencionais, as quais podemos citar a rapidez na execução, a tolerância a recalques diferenciais, a possibilidade da utilização do solo local, reduções no impacto ambiental, direta e indiretamente, entre outros. Partindo destes princípios, serão abordados os critérios de cálculo a serem considerados no dimensionamento destes tipos de estrutura, como o aumento da pseudo-coesão do material confinado, e consequentemente da resistência ao corte do faceamento, tendo-se em exemplos práticos, a comprovação com projetos realizados e executados em toda a América Latina. Somado a isto, serão abordados alguns aspectos comparativos a outras soluções de contenções tradicionais no mercado brasileiro, e o quão inovador e benéfico pode ser a adoção de contenções com geossintéticos.