Para a implantação de um sistema de cortinas atirantadas, a determinação do comprimento de ancoragem dos tirantes é feita por meio de métodos teóricos em conjunto com a experiência da empresa executora e da projetista. Neste artigo, será apresentada uma comparação entre os comprimentos de bulbos obtidos pela metodologia semiempírica, proposta por Bustamante e Costa Nunes, e os dados obtidos pelos ensaios, considerando o atrito lateral do bulbo obtido pelos resultados dos ensaios de qualificação e de recebimento dos tirantes executados. Os tirantes avaliados foram executados em duas obras distintas: na primeira, o maciço é caracterizado por um solo residual da região serrana do estado do Rio de Janeiro; na segunda, os tirantes atravessaram depósitos sedimentares terciários e quaternários na cidade de Mogi das Cruzes-SP. A comparação entre os comprimentos teóricos e empíricos permite realizar uma avaliação da assertividade das referências bibliográficas.