Em um aterro ferroviário, depois de várias décadas após sua construção, foram reportadas movimentações significativas, identificadas através de diversas trincas no terreno. A partir desses problemas relatados, foi feito um estudo do local e das condições que teriam levado esse talude a uma condição instável. O estudo se baseou na execução de um plano de investigação geotécnica, baseado em sondagens mistas, SPT e ensaios de laboratório. Os resultados indicaram a presença de uma camada de solo coluvionar sob o aterro existente. Se observou também que nos últimos anos foi construída uma estrada vicinal a montante da ferrovia, que bloqueou o sistema de drenagem superficial nessa área, provocando represamento de água nessa área durante períodos de intensa precipitação. Conhecendo-se as condições do local, o perfil geológico e os parâmetros geotécnicos de resistência dos principais materiais envolvidos na instabilidade identificada, se buscou as condições hidrogeológicas que teriam levado o talude à ruptura, empregando-se análises de equilíbrio limite que pudessem representar a ruptura ocorrida. Como medida de estabilização, foi proposta a execução de um projeto em duas fases, onde a primeira fase garantiria a segurança operacional da ferrovia, enquanto a segunda fasse proporcionaria segurança a todo o talude acometido pela instabilidade. Para acompanhamento das condições futuras do terreno também foi proposto um plano de monitoramento.