O aumento populacional, a ocupação de áreas mais suscetíveis, assim como os eventos extremos decorrentes, ou não, dos efeitos das alterações climáticas, repercutem diretamente no agravamento do risco de ocorrência de deslizamentos de encostas. Considerando-se como pressuposto abordagens modernas de gestão do risco, este trabalho propõe a análise de indicadores dos três principais fatores do risco de deslizamentos de encostas: a suscetibilidade (ambiental), a vulnerabilidade (social) e a capacidade (econômica). São analisados dados demográficos atualizados (IBGE, 2022) associados aos dados da população exposta ao risco no Litoral Norte de São Paulo (IBGE, 2018). Apresenta-se proposta da atualização da população em risco de deslizamentos de encostas no Litoral Norte tendo por base os dados censitários atualizados (IBGE, 2022) e de IPT (2018). De posse dos resultados obtidos, estima-se que cerca de 22 mil pessoas residentes no Litoral Norte estejam sujeitas a estes eventos. Entretanto, considerando-se a vocação turística, este contingente pode ser triplicado no verão, ilustrando como as propriedades dos sistemas sociais são dinâmicas e interdependentes.