A ruptura da barragem de Brumadinho consistiu em um acidente de barragem sem precedentes no Brasil. Após a ruptura um volume significativo de rejeito permaneceu dentro da área do antigo reservatório da barragem. Em inspeções pós evento, constatou-se a abertura de trincas na porção de montante destes taludes de rejeito remanescentes, caracterizando um potencial de falha de cerca de 420.000m³. Como as áreas de jusante mantinham atividades, medidas de proteção foram estudadas a fim de não expor estas áreas a riscos de fluxo de rejeitos. Uma destas medidas foi o emprego de barreiras dinâmicas contra fluxo de detritos. Este artigo apresenta as simulações de fluxo oriundas de uma potencial ruptura do material remanescente da barragem, o dimensionamento das estruturas flexíveis para proteção contra o fluxo e por fim um relato das obras de implantação destas estruturas. Note que as alturas de fluxo e velocidades obtidas das simulações demandaram o desenvolvimento de barreiras dinâmicas sem precedentes. Duas barreiras dinâmicas para pressões de impacto de até 350kPa já foram instaladas e encontram-se em funcionamento como mitigação de risco neste local.