Em 2011, a região serrana do estado do Rio de Janeiro foi atingida por diversos movimentos de massa, incluindo fluxos de detritos, resultado de chuvas muito intensas. A maioria dos movimentos começou como escorregamentos translacionais rasos. Com o intuito de melhorar a compreensão desses fenômenos foram realizados ensaios de laboratório em amostras de solo indeformadas e deformadas obtidas na Bacia do Córrego do Príncipe (Teresópolis/RJ) para obtenção de parâmetros de resistência dos domínios geotécnicos identificados. De posse dos parâmetros de resistência, com o auxílio do software SHALSTAB (Shallow Landslide Stability Model), foi realizada uma análise de suscetibilidade a movimento translacionais, tendo como resultado a pluviosidade necessária para deflagrar o movimento de massa. Especificamente, este trabalho dedica-se a identificação e ao mapeamento das áreas de maior suscetibilidade, traçando uma caracterização da Bacia do Córrego do Príncipe, com o emprego da tecnologia GIS (Geographic Information System). A metodologia englobou em estudos de campo, delimitando os pontos de ensaio e coleta das amostras, uso de modelos cartográficos, ensaios de cisalhamento direto, caracterização e permeabilidade. Neste trabalho, os resultados da análise são comparados com as cicatrizes dos movimentos mapeados em 2011, que permitiram identificar que vários pontos da bacia eram suscetíveis a escorregamentos translacionais em condições de chuva semelhantes ao período de referência.