A prova de carga é a maneira mais confiável de se comprovar o bom desempenho de um elemento de fundação. A NBR 6122 permite o emprego de prova de carga estática e dinâmica para a avaliação do desempenho. A prova de carga estática fornece a curva carga recalque no topo, incorporando, para cada nível de deslocamento, a soma das parcelas mobilizadas por atrito e pela ponta. O ensaio dinâmico apresenta ambas as parcelas mobilizadas durante o ensaio, ou seja, separa, de forma clara, as resistências devidas ao atrito lateral e à ponta. Apesar do ensaio estático ser sempre preferível por estar mais associado ao carregamento real que ocorre durante a construção, o ensaio dinâmico informa a porcentagem de ponta e atrito mobilizadas no ensaio. A interpretação do ensaio estático pelo modelo de Massad (1992, 1993) possibilita que, com o conhecimento da curva carga x recalque no topo da estaca no ensaio estático, se interprete as parcelas de atrito e ponta, além da parcela de carga residual aprisionada na ponta de estacas cravadas, ou na ponta de estacas escavadas já submetidas a um carregamento prévio. Este artigo compara, para alguns casos, os valores das parcelas de atrito e ponta obtidas dos ensaios dinâmicos, com aquelas interpretadas pelo modelo matemático de Massad. Uma convergência satisfatória foi observada quando da comparação dos resultados, sendo um resultado relevante que sinaliza para a relevância da interpretação dos ensaios estáticos pelo modelo de Massad.